As limpezas de casa e de ambientes comerciais são diferentes.
Por isso, os produtos de higiene profissional são recomendados para a limpeza de empresas.
Enquanto em casa convivemos tranquilamente com uma série de microrganismos que estão no nosso dia a dia, não podemos arriscar expor pessoas, principalmente as mais vulneráveis em nossas empresas.
Crianças, idosos e pessoas imunodeprimidas, por exemplo, tem o sistema imunológico mais frágil. Sendo assim, temos que considerar isso e lembrar da variedade de organismos trazidos pelas pessoas para as nossas empresas. As pessoas vêm de inúmeros lugares diferentes e circulam no mesmo ambiente, então, essa variedade de germes pode ser um grande risco.
Evitando contaminações
Para conseguir conter os perigos e oferecer um ambiente saudável e seguro para nossas equipes e clientes, uma das maneiras mais eficazes é fazendo boas higienizações.
Os antibacterianos são grandes aliados nessa tarefa porque vão nos ajudar a controlar ou eliminar as bactérias do ambiente. Apesar do nome remeter á bactérias, muitos desses produtos podem atuar sobre uma variedade de microrganismos como: fungos, vírus e protozoários.
Mas é preciso ter cuidado. Para os produtos, especificamente os antibacterianos, poderem atuar de forma correta e fazerem seu papel ao realizar uma desinfecção, as indicações de uso, diluição e tempo de ação precisam ser respeitados.
O uso correto dos produtos antibacterianos é importante não só para limpeza ser feita realmente do modo certo, mas também para segurança do pessoal que utiliza o espaço e objetos a serem limpos.
Manter a higiene, a limpeza e oferecer ambientes seguros para todos os visitantes é nossa responsabilidade.
A desinfecção em empresas
A avaliação da higiene não deve ser um evento, uma ocasião que ocorre quando um problema acontece. Ela deve acontecer frequentemente, deve ser uma das tarefas no dia a dia.
Nessas situações temos que prestar atenção no que estamos usando e que métodos estamos empregando para garantir a segurança que todas as pessoas precisam. Isso inclui repensar se os produtos usados são os adequados para a situação e se eles estão sendo usados corretamente.
Antibacterianos e Antissépticos
Os produtos antibacterianos podem ser de dois tipos: Eles podem ser bacteriostáticos – impedem a reprodução das bactérias ou bactericidas – matam os microrganismos.
Os produtos antibacterianos que geralmente usamos são:
- Desinfetantes
- Limpadores
- Sabonetes antissépticos
- Lenços umedecidos.
Esses produtos podem trabalhar com diferentes agentes Antibacterianos e Antissépticos, alguns deles são:
- Quaternário de amônio
- Peróxido de hidrogênio
- Hipoclorito de sódio
- Biguanida Polimérica
- Triclosan
- Álcool 70%
- E alguns ainda trabalham com combinações de princípios ativos
Esses ingredientes são o princípio ativo do produto e são os responsáveis por realmente controlar as contaminações. Todos são muito bons, cada um para sua aplicação, mas devem ser usados com responsabilidade e cuidado. Além disso, sua eficácia vai depender de como aplicamos e se respeitamos suas particularidades.
Cuidados com a aplicação
A aplicação dos antibacterianos é importante porque para que as higienizações sejam realmente efetivas, é preciso que algumas recomendações sejam respeitadas:
- Indicação de uso
- Validade e armazenamento
- Diluição
- Limpeza prévia
- Tempo de ação
Em resumo, o produto deve ser adequado para o ambiente (cozinha, banheiro, hospitalar) e superfície que será aplicado. Deve estar dentro da validade e ser armazenado conforme as indicações do fabricante para que mantenha suas propriedades. Deve ser diluído nas proporções corretas para que tenha ingrediente ativo o suficiente na solução no momento da higienização.
Além disso, antes da sua aplicação, deve ser observado se há a necessidade de fazer uma limpeza prévia. Produtos que são apenas desinfetantes (e não limpadores E desinfetantes) precisam dessa limpeza prévia para evitar que o produto seja todo consumido com a limpeza e acabe perdendo sua eficácia no momento em que precisaria desinfetar.
Por fim, a solução precisa ter um tempo de contato mínimo com a superfície para garantir que os germes realmente sejam controlados ou eliminados. Esse tempo deve ser observado (é diferente para cada produto) e respeitado sempre!
Saiba mais sobre o uso correto dos desinfetantes aqui: Desinfecção: O que saber e que produtos utilizar e aqui: Ciência da Limpeza
Uso responsável
Você já ouviu falar das superbactérias? Há evidência científica de que a combinação do uso incorreto de produtos de limpeza antibacterianos associados ao uso exagerado e inadequado de antibióticos produz cepas de superbactérias.
Esse é um problema que já preocupa os hospitais a alguns anos e causa danos à saúde. Segundo estimativas “Todos os anos, cerca de 700.000 pessoas morrem de infecções causadas por bactérias resistentes aos medicamentos disponíveis e a previsão é que esse número cresça”¹
Mas não é só nos hospitais que existem bactérias e as limpezas feitas nas nossas empresas se feitas incorretamente ou usando produtos inadequados também pode produzir um efeito parecido.
Um dos problemas são desinfetantes que não possuem a quantidade necessária de princípio ativo. Quando você compra um produto doméstico ou um produto não regulamentado, ele pode conter uma quantidade muito baixa de princípio ativo, que é o ingrediente que realmente seria o responsável pela eliminação dos microrganismos.
Esse problema acaba gerando um segundo, porque quando você aplica um produto “fraco” em uma superfície muito carregada de contaminantes, cheia de germes, você acaba eliminando apenas uma parte desses microrganismos, geralmente, os que eram mais sensíveis a ação do desinfetante.
Nesse caso, os que sobraram vão se multiplicar e essas “cópias” bacterianas serão semelhantes as que não morreram, ou seja, não tem tanta sensibilidade ao desinfetante. Ao longo de várias limpezas mal feitas e várias gerações, você acaba com organismos que oferecem maior resistência a desinfecção.
Essa resistência leva a um potencial maior risco de infecções.
Desinfetantes frequentemente não são usados corretamente, por exemplo, quando eles não são diluídos conforme as instruções do fabricante.
Para evitar problemas sérios como estes, é preciso fazer o uso dos antibacterianos com responsabilidade. É possível fazer isso respeitando os cuidados com a aplicação e escolhendo produtos adequados e regulamentados para nossas empresas.
¹ https://brasil.elpais.com/ciencia/2020-08-30/superbacterias-a-proxima-pandemia.html
²https://revistahigiplus.com.br/desinfeccao-sanitizacao-bacteriostatico-bactericida-qual-a-diferenca/